China está a viver uma "revolução sexual"

Mais de 70% dos chineses têm relações sexuais antes de casar, rompendo com a milenar "cultura de abstinência" que dominou a China até ao final da década de 1970.

De acordo com um estudo de Li Yinhe, investigadora reformada da Academia Chinesa de Ciências Sociais, aquela percentagem subiu de 15% para 71% durante os últimos 25 anos.

"Isto é uma revolução sexual tranquila", afirma a socióloga. "As pessoas passaram a falar sobre sexo mais abertamente".

Li Yinhe, 63 anos, é considerada "a primeira sexóloga da China".

Cientistas criam sementes “especiais” de arroz e soja para combater o HIV

Segundo a UNAIDS (organismo da ONU para a sida) 35 milhões de pessoas no mundo estavam infetadas com o HIV até ao fim de 2013. Por isso, as investigações para combater a doença continuam. Para impedir que o vírus se propague, é importante usar preservativos, mas uma equipa de cientistas aposta agora numa solução que passa pela soja e o arroz.

Investigadores espalhados por vários países criaram sementes transgénicas com proteínas que neutralizam o vírus da sida. Num estudo, conseguiram produzir o anticorpo 2G12 em sementes de arroz. Este prende-se ao HIV, deixando-o vulnerável para que seja combatido pelo nosso sistema imunológico.

Para modificar o ADN do arroz, os cientistas usam um método chamado biobalística: células e tecidos da planta são bombardeados com microprojécteis de ouro ou tungsténio a 1.500 km/h. Estes levam os genes para transformar o arroz, que então é cultivado em estufas. Assim, a planta passa a ter um ADN modificado, e produz anticorpos contra o HIV.

A Sexualidade e a Saúde do Fígado - Entrevista com Guilherme Macedo




Fonte: Revista Dependências - Março de 2015, Pág. 8

Cerca de 25 mil pessoas com VIH estarão por diagnosticar em Portugal

Haverá cerca de 25 mil pessoas em Portugal que estão infectadas com o VIH sem saberem, estima o director do programa nacional para a Infecção VIH/sida, António Diniz, em declarações ao PÚBLICO. O responsável diz que o programa nacional de troca de seringas foi retomado em 1039 farmácias.

De acordo com a taxa prevalência de VIH/sida estimada pela ONUSIDA (programa das Nações Unidas para o VIH/sida) para Portugal, o país terá entre 0,6% a 0,7% da sua população infectada, o que significa que haverá cerca de 65 a 70 mil pessoas que vivem com a doença, refere o responsável. O que acontece é que, pela primeira vez, existem dados quase finais sobre o número de pessoas com VIH a serem seguidas nos hospitais portugueses, com o sistema informático específico chamada SI.VIDA, onde os médicos vão introduzindo os dados sobre os seus doentes.

Estão no sistema dados de doentes de 23 hospitais com esta valência, faltam apenas introduzir os dados de nove unidades. Em Março deste ano estavam a ser seguidos cerca de 31 mil doentes com VIH, o que significa que o número total pode andar pelos cerca de 35 mil, estima o responsável, o que representará entre a 80% a 90% das pessoas diagnosticadas que vivem com a infecção, algumas abandonam o tratamento, admite o responsável.

António Diniz estima então que existam em Portugal cerca de 25 mil pessoas por diagnosticar. Estarão então diagnosticadas cerca de 60% do total de pessoas infectadas, o objectivo da ONUSIDA para Portugal é ter até ao ano de 2020 90% das pessoas infectadas com diagnóstico.

Além do problema da subnotificação, que é comum a muitos outros países da Europa, sublinha, António Diniz diz que Portugal se destaca pela negativa por continuar a ter diagnósticos muito tardios. Das várias metas traçadas no Programa Nacional VIH/sida 2012/2016 esta é a mais atrasada: 58% dos diagnósticos continuam a ser tardios, sendo o ponto de partida de 65%. O objectivo é que Portugal chegue a 2016 com a sua taxa de diagnósticos tardios limitada a 35%.

Foi essa uma das razões porque, no início de 2014, decidiram estender os testes rápidos de detecção de VIH também aos centros de saúde. O objectivo é que qualquer cidadão dos 18 aos 65 anos faça o teste. Antes de estarem disponíveis nos centros de saúde existiam apenas nos Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH (CAD), e eram feitos pelas equipas de rua que trabalham no terreno com populações vulneráveis, como consumidores de droga.

Em 2014 os centros de saúde fizeram 3547 testes, tendo havido uma taxa de positivos na ordem dos 0,65%, o que, na prática, significou a detecção de 21 pessoas com teste positivos ao VIH (que depois precisa de confirmação laboratorial), nota. António Diniz está convencido que estas são pessoas que não iriam aos CAD, porque significa terem de se deslocar (por norma há um CAD por capital de distrito) e porque nos centros de saúde os testes são sugeridos por profissionais de saúde que as pessoas conhecem, o médico de família ou o enfermeiro. Não se sabe ainda em que fase da doença foram detectados.

Cerca de 16% dos testes são feitos nos centros de saúde mas o grosso continua a ser aplicado pelos CAD, que fazem 71% e onde a taxa de positivos anda pelos 0,95% do total. A ideia é ir aumentado a disponibilização destes testes nos centros de saúde, afirma.

Troca de seringas em mais mil de farmácias
Depois de dois anos de interrupção (2012 e 2013), o programa de troca de seringas nas farmácias foi retomado no mês passado e está actualmente a funcionar em 1039 estabelecimentos, afirmou o director do programa nacional para a Infecção VIH/sida. Quando foi interrompido funcionaria em cerca de 1200 farmácias, nota.

O programa, destinado sobretudo a evitar o contágio do VIH entre consumidores de droga por via injectável, que estava no terreno há cerca de 20 anos, foi interrompido porque a Associação Nacional de Farmácias (ANF) “se retirou do processo e não aceitou renová-lo”, afirma António Diniz.

João Cordeiro, presidente da ANF, disse, na altura, que o programa teria de ser feito “noutros moldes”, e vieram a público queixas da ANF por atrasos de pagamentos das despesas com fornecedores por parte do Ministério da Saúde. A associação alegou também a degradação do sector das farmácias.

O novo acordo prevê um período de um ano em que a ANF não recebe contrapartidas financeiras, ao fim do qual haverá uma avaliação feita pela Faculdade de Economia do Porto, refere António Diniz.

fonte: publico 10.04.2015

Ministro apoia revisão de normas para afastar médicos pedófilos de crianças

Paulo Macedo reconheceu que situação trazida a debate pela Ordem dos Médicos é "totalmente indesejável".


Imagem: TIAGO PETINGA/LUSA

O ministro da Saúde considerou que é “totalmente indesejável” que os médicos condenados no âmbito de processos de pedofilia possam continuar a trabalhar com crianças, mas sublinhou que “a situação é do conhecimento público há vários anos”. Paulo Macedo mostrou-se, contudo, disponível para apoiar uma revisão da legislação que permita que a Ordem dos Médicos (OM) consiga intervir de forma mais eficaz e atempada nestas situações.

O titular da pasta da Saúde disse ser inadmissível que os médicos condenados possam continuar a lidar com crianças, numa reacção à posição da OM transmitida na segunda-feira pelo Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas deste organismo, que fez uma proposta no sentido de garantir que o Estatuto Disciplinar dos clínicos passe a permitir que seja a própria ordem a suspendê-los pelo período de 23 anos.

Paulo Macedo, que falava aos jornalistas nesta terça-feira à margem das comemorações do Dia Mundial da Saúde, contrapôs que “a situação não é denunciada pela Ordem dos Médicos”, mas sim “do conhecimento público há vários anos”. Sem referir nomes concretos, o ministro destacou o caso de um médico cuja condenação aconteceu mais de dez anos depois dos factos e que ainda não tinha a situação de não trabalhar com crianças acautelada. Na segunda-feira, ao PÚBLICO, a Ordem dos Médicos tinha dado como exemplos o caso de um clínico nos Açores e outro mais mediático, de Ferreira Diniz, condenado no âmbito do processo Casa Pia.

“Entendemos que estes processos têm de ser mais rápidos”, salientou o ministro da Saúde, mostrando-se ainda disponível para apoiar a mudança aos estatutos da OM em sede da Assembleia da República. “É um caso totalmente indesejável, quer pela Ordem dos Médicos quer pelo Governo e queremos garantir que não se possa repetir”, insistiu.

Para a OM, a actual legislação não está a impedir que os médicos condenados por pedofilia deixem de trabalhar efectivamente com crianças. O alerta foi deixado ao PÚBLICO pelo coordenador do Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas (CNEDM), que explicou que o actual estatuto não separa o tipo de crimes e apenas admite quatro possibilidades: advertência, censura, suspensão até cinco anos ou expulsão. Miguel Leão disse que nenhuma destas possibilidades dá resposta ao problema dos médicos pedófilos, até porque a suspensão, além de vigorar por um período demasiado curto, é passível de recurso para os tribunais.

O médico deu como exemplo o caso de Ferreira Diniz e o de um clínico dos Açores condenado por pedofilia e a exercer. “A Ordem nada pôde fazer porque o tribunal não inabilitou porque entendeu que quando foi pedófilo não actuava como médico”. A proposta do CNEDM, a que o PÚBLICO teve acesso, lembra que Portugal subscreveu a Convenção do Conselho da Europa para a Protecção das Crianças contra a Exploração Sexual e os Abusos Sexuais, aprovada em 2007 e conhecida como Convenção de Lanzarote. A própria legislação nacional explicita que os pedófilos devem ser afastados de profissões que envolvam “contacto regular com menores”, mas na prática isso não é garantido. O pedido de cadastro criminal acaba por praticamente só funcionar para novas contratações e não para quem já está a trabalhar nos hospitais, salientou Miguel Leão.

A ideia é que “com fundamento no princípio da protecção dos doentes, da protecção do próprio médico inabilitando e dos valores fundamentais da medicina como sejam a confiança, a beneficência, a não maleficência e a autodeterminação” que a Ordem dos Médicos passe a poder determinar que “um médico comprovadamente pedófilo seja inabilitado especificamente para prestar assistência a menores”. A revisão permitira que houvesse uma suspensão específica para quem cometeu crime de pedofilia durante 23 anos.

fonte: in publico 08.04.2015

Workshop Parafilias - 15 e 16 de maio de 2015 - Porto

A RHT - Desenvolvimento e Formação Pessoal esta a promover o II Workshop de Parafilias, nos dias 15 e 16 de Maio de 2015, no Porto, sob a Coordenação da Dra. Zélia Figueiredo (Médica Psiquiatra no Hospital Magalhães).