Nozes melhoram qualidade do esperma

Comer 75 gramas de nozes por dia aumenta a vitalidade, a mobilidade e a morfologia do esperma.

A conclusão é de um estudo realizado com homens saudáveis, entre 21 e 35 anos, pela Dra. Wendie Robbins e seus colegas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA).

A descoberta traz esperanças para milhões de casais que têm problemas para engravidar, sobretudo por se tratar de uma terapia não-farmacológica.

Entre 30 e 50% dos casos de subfertilidade são atribuídos ao homem, enquanto estudos indicam que genética explica apenas 4% desses casos de infertilidade masculina. Estima-se que 70 milhões de casais em todo o mundo tenham dificuldades para engravidar.
Nozes melhoram qualidade do esperma
[Imagem: Wikimedia]
Ácidos graxos

Alguns estudos sugerem que a qualidade do esperma vem declinando nos países industrializados.

As eventuais explicações incluem a poluição, estilo de vida repleto de maus hábitos e uma dieta cada vez menos saudável.

A Dra. Robbins centrou sua atenção nos ácidos graxos poli-insaturados, que são cruciais para a maturação do esperma. A dieta ocidental é considerada pobre nesses elementos, presentes sobretudo nos peixes, castanhas e no azeite.

As nozes são especialmente ricas em ácido linoleico, uma fonte vegetal natural de ômega-3.

Receita de família: acrescente nozes

Os 117 voluntários foram divididos em dois grupos: os participantes do primeiro grupo ingeriram 75 gramas de nozes por dia, enquanto ao membros do segundo foi pedido para evitar comer qualquer quantidade de nozes.

A quantidade - 75 gramas - foi escolhida com base em estudos anteriores, que mostraram que essa "dose" apresenta os melhores resultados em termos de alterações nos níveis de lipídios no sangue, sem envolver ganho de peso.

Depois de 12 semanas, o grupo que ingeriu nozes apresentou níveis sensivelmente mais elevados de ômega-3 e ômega-6, assim como maior contagem de espermatozoides.

Tanto a morfologia quanto a mobilidade dos espermatozoides também foram superiores nesse grupo.
Os cientistas afirmam que, embora esse seja um indicador promissor, agora será necessário fazer o mesmo teste com homens que possuam problemas de fertilidade, para aferir se a melhoria na qualidade do sêmen de fato se traduz em maior fertilidade. in diário da saúde 17/08/2012

Estudo: Orgasmo ajuda a prevenir doenças físicas e mentais

«Uma sinfonia do cérebro» ou «um espectáculo de pirotecnia». Estes são alguns dos termos usados pelos cientistas para referirem-se à resposta do cérebro no momento do orgasmo. Mas embora o prazer proporcionado por essa sensação seja de conhecimento geral, quais são os benefícios para a saúde?

Magdalena Salamanca, psicanalista especializada em sexo que trabalha em Espanha, disse à BBC que a ausência do prazer sexual pode provocar doenças e transtornos mentais.

«É importante porque o orgasmo é a satisfação de um dos instintos mais importantes do ser humano, que é o sexual», diz.

Ela destacou ainda que muitos dos problemas de cunho social ou profissional estão vinculados à insatisfação sexual. «Por exemplo, a ansiedade é um dos transtornos mais relacionados com a ausência do orgasmo».

Além disso, a psicóloga Ana Luna disse que «fisiologicamente, a descarga de muitas tensões que o ser humano acumula produz-se através do orgasmo».

Há alguns meses, cientistas da Universidade de Rutgers, no Estado americano de Nova Jersey, determinaram que o orgasmo activa mais de 80 diferentes regiões do cérebro.

Utilizando imagens de ressonância magnética do cérebro de uma mulher de 54 anos enquanto tinha um orgasmo, os cientistas descobriram que no acto quase todo o cérebro se torna amarelo, o que indica que o órgão está praticamente todo activo.

Os níveis de oxigénio no cérebro também reflectem um espectro que vai desde o vermelho intenso até um amarelo claro, e isto tem um impacto em todo organismo.

«Há outros benefícios porque todo esse sangue oxigenado que flui pelo corpo chega aos sensores da pele e vai para todos os órgãos», diz a psicóloga Ana Luna.

Já Magdalena Salamanca destaca que a saúde física e psíquica estão muito vinculadas à satisfação sexual proporcionada pelo orgasmo, o que o estudo da Universidade Rutgers parece comprovar.

A pesquisa mostrou como a actividade cerebral iniciada pelo orgasmo propaga-se por todo o sistema límbico, relacionado com as emoções e a personalidade.

Por isso, psicólogos como Ana Luna acreditam que o orgasmo é uma parte essencial de uma personalidade sadia.

«Quando você não tem um orgasmo toda essa energia fica presa», diz a estudiosa, acrescentando que muitas vezes a ausência do prazer sexual torna a pessoa irritadiça, triste, rabugenta e até mesmo com dificuldades em sorrir. in diário digital 10/08/2012