Consulta de Sexologia no St. Louis Hospital, em Lisboa, em funcionamento desde Janeiro de 2007
Relações Sexuais com HPV...
Eu tenho HPV e agora desde que descobri não tenho relações sexuais com o meu marido, seria perigoso se tivesse?
Vou fazer o tratamento dia 23 de outubro, quando posso voltar a ter sexo novamente?
E será que fico totalmente curada deste virus?
Obrigada preciso de resposta urgente
Resposta:
Boa Tarde,
Penso que antes de mais é importante perceber se o seu marido é ou não portador do vírus. No que diz respeito a tratamentos estes são eficazes no desaparecimento de sintomatologias, muito embora não curem o vírus, mas tratam-no.
Poderá ter relações sexuias, muito embora seja conveniente que sejam de forma protegida, com preservativo, mesmo aquando práticas de sexo oral, por forma a ter o vírus controlado.
Obrigada, Consulta de Sexologia do Hospital de St louis.
Menstruação Irregular...
Queria colocar uma questão, por favor?
Tomei a pílula (1º Valete e depois yasmin) durante cerca de 3 anos.Este mês não tomei, mas agora a minha menstruação está uns diasatrasada, é o primeiro período depois de ter deixado de tomar.Penso não ter tido um comportamento "descuidado", pois tive relações 3vezes, tendo apenas uma vez sido perto de período fértil, mas sempreusando preservativo e não facilitando.Continuo com "sintomas" de pré-período: inchaço, dor de cabeça ebarriga, cansaço mas ainda nada...
Antes de tomar a pílula a minha menstruação era muito irregular. Será que este mês, como não tomei, está a ser irregular porque já o eraantes de tomar a pílula?
Obrigado.
Resposta:
Boa Tarde,
O facto de ter deixado de tomar a contracepção, é possível que a menstruação seja desregulada, mas não fique alarmada pois é uma situação normal, tendo também em conta que a sua menstruação, antes da contracepção já por si era desregulada.Deverá aguardar o aparecimento da menstruação, pois não será grave se não aparecer no 1º mês. O máximo de tempo de ausência de menstruação são 3 ciclos, por isso caso ultrapasse esta margem deverá marcar uma consulta de ginecologista.Obrigada
Consulta de sexologia Hospital de St Louis
Atraso na toma da contracepção
Boa noite...A minha namorada toma a pilula so que ontem esqueceu-se e hoje tivemos relaçoes! Ela teve o periodo no dia 13 de Agosto e é regular (28 dias). Há probabilidade de engravidar? Agradeço resposta.Com os elhores cumprimentos
Resposta:
Bom Dia,
Se a sua parceira se esqueceu de tomar a contracepção no horário correcto deverá tomar logo assim que possa, nem que seja o caso de tomar dois comprimidos de seguida, para que a eficácia não seja diminuida.
Por isso, se ela tomou a pílula em atraso no dia seguinte, não heverá problemas de eficácia, caso anteriormente tenha feito as tomas de forma adequada.
Obrigada.
Utilização repetida da pílula do dia seguinte...
Oii...
Eu tive relações durante meu período de menstruação...porém naquele mes já era a segunda vez q me vinha pois eu tinha tomado a pílula do dia seguinte e desceu duas vezes no mês.
Meu namorado começou gozar dentro da vagina mas logo tirou...não foi o tempo todo...mas para previnir eu tomei a pílula do dia seguinte novamente mesmo sabendo q tinha chance de falhar pois era a segunda vez no mês q eu tomava...minha menstruação está atrasada ...posso estar grávida?? ou o fato de eu estar preocupada pode influenciar e atrasar a menstruação também?? por favor se puderem me informem logo no meu e-mail, mas c aparecer em algum site me mandem o link mas nao me identifiquem!!desde já agradeço!!
Resposta:
Boa Tarde,
Deverá ponderar começar a utilizar a pílula hormonal oral como forma de contracepção, pois assim não continuará a correr riscos constantes de gravidez.
Recomenda-se que mulheres com factores de risco tromboembólicos pessoais ou familiares evitem a toma deste tipo de produtos. Estamos a falar apenas em efeitos a curto prazo, sabendo também que parece não haver efeitos teratogénicos (produção de mal-formações no fetoNa maioria das mulheres, a menstruação após a toma da contracepção de emergência ocorrerá dentro de uma semana antes ou após a data esperada. Um teste de gravidez pode ser útil para afastar a possibilidade de gravidez caso a sua menstruação esteja atrasada, e recomendo que se dirige a um médico o mais rápido possível para que seja avaliada e acompanhada se necessário.As contracepções de emergência não se destinam a uso repetido, mas também não existem dados directos disponíveis sobre os efeitos dos regimes actuais quando usados frequentemente. Entretanto, a experiência com regimes similares e contraceptivos orais de alta dosagem sugere que a probabilidade de danos causados pelo uso repetido seja baixa. Não se deve impedir o uso das contracepções de emergência, apenas porque a mulher as utilizou antes, mesmo que isto ocorra dentro do mesmo ciclo. Todas usuárias da pílula do dia seguinte, especialmente aquelas que fazem uso repetido, devem receber informações sobre outras formas de contracepção e orientação sobre como evitar futuras falhas contraceptivas.Obrigada.
Atrasar a menstruação devido à contracepção de emergência é viável?
Boa noite
A minha namorada tem 16 anos (quase 17) e ha dois meses tomou a pilula do dia seguinte desnecessariamente, logo que a tomou a menstruação veio. No mês seguinte também veio correctamente.
Este mês no dia 3 a gente teve junto, eu de calças de ganga e ela de pijama, tivemos em contacto mas sempre com a roupa a separar, não dei conta de ter largado esperma mas mesmo que tivesse acontecido, com a roupa a separar haverá possibilidade de ela engravidar?è que a menstruação deveria ter lhe vindo dia 23 de maio, e já são 4 de junho e nada (está atrasada 14 dias).
Espero por uma resposta o mais rápido possivel
cumprimentos
Resposta:
Boa Tarde,
Compreendo a sua angústia, mas não fique ansioso, porque se não houve colocação do esperma no interior da vagina, é impossivel uma fecundação. Logo o atraso correspondente à menstruação da sua namorada, não está relacionado com o facto de ter tido relações sexuais da forma como nos descreve, mas sim, pelo fcato de ser um dos possíveis efeitos da toma de contracepção de emergência, juntamente com estados de nervosismo e ansiedade pelos quais a sua
namorada deve estar a passar, mas terá de a tranquilizar, que este atraso não está interligado a uma gravidez.
Estes atrasos, motivados por as pílulas / contracepção de emergência, por vezes são de 30 ou mais dias. Se verificar que passa muito para além de um mês, a sua parceira deverá ser avaliada e observada
pela ginecologia.
Este atraso será regularizado durante os próximos dias, no entanto procurem ter relações sexuais protegidas, ou a sua parceira, ponderar, o início de toma da pílula regularmente (contracepção oral), para que estas situações não se voltem a repetir no futuro.
No entanto, não se esqueça que o único método que vos protege de doenças sexualmente transmissiveis é o preservativo. Mas caso façam os testes das DST's e estes não revelem nenhuma doença nem vírus associado, o melhor método neste caso seria utilizar a pílula.
Obrigada.
É reversível a laqueação das trompas?
Boa Tarde:
Eu chamo-me Maria e tenho 45 anos, Eu há trez anos atráz fiz uma laquiação de trompas mas agora eu e o meu marido temos desejo de ter outro filho, o que poderei fazer para engravidar novamente. Falaram-me em inseminação artificial é possivel?
Resposta:
Bom Dia Maria,
A laqueação das trompas é um método de esterilização feminina. Esta cirurgia consiste em fazer um bloqueio ou uma laqueação das trompas de Falópio que impede os espermatozóides de entrarem na zona uterina onde se dá o encontro com os óvulos, não ocorrendo, assim, a fecundação.Existem cerca de dez técnicas para a laqueação. Esta pode ser feita através da colocação de anéis de plástico; corte das trompas; colocação de clipes de titânio; com fio de sutura ou através de laparoscopia (introdução de um pequeno tubo no abdómen).
Existem cirurgias de regressão, sendo o grau de reversibilidade dependente da lesão causada na cirurgia, porque as laqueações mais fáceis de reverter são, as feitas com anéis de plástico ou clipes de titânio.
Para que possa voltar a engravidar poderia fazer uma recanalização das trompas. É um procedimento cirurgico que só é efectuado em certos locais e com taxas de sucesso muito variáveis.
A maior parte das mulheres que efectuaram uma laqueação acabam por efectuar uma fertilização in vitro (IVF). Através deste procedimento é possível obter ovócitos dos ovários, que serão fertilizados no laboratório com os espermatozóides do seu companheiro. Dos embriões resultantes, um ou dois são transferidos para o útero, ultrapassando desta forma a obstrução das trompas. O IVF no seu grupo etário tem uma taxa de sucesso de cerca de 35-38%, pelo que por vezes é necessário repetir o tratamento, usando embriões congelados (se ficaram do primeiro tratamento) ou realizando um novo tratamento.
Obrigada
Sinto as pernas muito cansadas, enxaquecas muito fortes e perda de sangue a meio do ciclo...
Bom dia!
Estou a tomar Yasmin à 4 anos. No entanto tenho tido algumas queixas: perdas de sangue a meio dos ciclos, pernas muito pesadas e cansadas, enxaquecas muito fortes, etc.
Tudo isto não aconteceu enquanto tomei Mercilon (antes de tomar Yasmin). E, por isso, estou a pensar em voltar a tomar Mercilon. Ou será que existe uma mais eficaz para evitar estas "queixas"? Que me aconselha?
Muito Obrigada!
Resposta:
Boa tarde,
De facto, esses sintomas podem estar relacionados com a toma da pílula, e é importante saber se possui alguns antecedentes a nível de patologia vascular, pois neste caso poderá aumentar o risco de tromboembolismo venoso e tromboembolismo arterial. Existe alguma medicação que esteja a tomar concominantemente?
Deverá marcar uma consulta com o seu médico de familia ou ginecologista para ser avaliada, pois não é aconselhado parar a pílula repentinamente, nem a mudar para outra, a não ser que seja por ordem de um médico, depois de ser examinada.
Obrigada
É mais fácil prometer do que dar…
Quem não sabe é como quem não vê…
Desta forma, de acordo com Masters e Jonhson (1986), não é surpresa que a anatomia sexual seja origem de angústia, culpa, dificuldade, mistério e curiosidade, e ao mesmo tempo consiga ser fonte de prazer.
Sobre o Orgasmo…
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…
Haja fartura, que fome ninguém a tenha…
As aparências iludem…
Quanto mais depressa… Mais devagar…
Uma mentira repetida cem vezes, torna-se verdade…
É assim que as disfunções nascem: pela inquietação da cobrança em ter o que a cultura estabelece como regulamento. As disfunções, de acordo com Silva (1989), retratam a transformação do sexo: de origem de prazer em fonte de obrigações, de direito em dever, de auge das sensações em culpa pelo fracasso.·
Há males que vêm por bem…
Além disso, não é possível esquecer que, como foi referido por Silva (1989), por muito tempo, o orgasmo masculino, senão ressaltado, tem sido protegido como condição reprodutiva - característica vista, inclusive, nas fases mais repressivas da história que, conservando o desprezo pelo prazer, ainda assim estimulavam a ejaculação. Na mulher, o orgasmo, em virtude de ser sensação que em nada coopera para a fecundidade, pode ser rotulado como perversão, ou seja, nada além do prazer carnal.
Segundo refere o mesmo autor, durante grande parte do século XX, médicos não reconheciam as doenças sexuais das mulheres, classificando-as como psicológicas ou emocionais. É assim que podemos entender, como apontado por Silva (1989), que o que despertou o interesse no diagnóstico e na ampliação de práticas e estratégias clínicas não foi a falta de orgasmo por si, mas a sua ausência num momento como este, quando se acredita que ele é indispensável para a equilíbrio emocional das pessoas e do relacionamento.
Quem cala consente…
Ou seja, antes, a relação sexual tinha como objectivo a satisfação do homem. Hoje, apesar de muitos tabus sexuais terem sido derrubados e de a mulher poder ter mais liberdade sexual, ainda é grande o número delas que sofrem na cama.
É importante frisar que nem mesmo a anatomia sexual feminina é inteiramente conhecida e entendida. Conforme apontaram Berman e Berman (2003), apenas em 1998 uma urologista australiana, Helen O´Connell, afirmou que o clítoris é duas vezes maior e mais complexo que o usualmente estudado nos textos médicos.·
A Anorgasmia é a dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que haja interesse sexual e todas as outras respostas satisfatórias para a realização do acto. Reconhecida desde o início do século XX, foi sugerida por diversos nomes, com diversos pesos sociais, dependendo do sexo e do momento ideológico.
É um facto que as reacções orgásmicas, tanto no homem quanto na mulher, enquanto processos neurológicos, possuem virtualmente as mesmas características. As diferenças das reacções sexuais ocorrem no nível dos aparelhos genitais: tanto nos homens quanto nas mulheres, o orgasmo envolve uma actividade contráctil não voluntária de músculos estriados e lisos, quando nas mulheres produzem contracções uterinas e vaginais expulsivas e, de modo não tão explícito como acontece com os homens, movimentos também expulsivos na uretra.
Ave que canta demais… Não sabe fazer o ninho…
Quem tudo quer… Tudo perde…
Por outro lado, conforme levantado por Johanson (2005), é preciso desfazer a fantasia de que a mulher precisa de um orgasmo sempre que tem relações sexuais. O receio de que se transformem em histéricas faz com que se esqueça de que algumas vezes ela é capaz de ter relações, sentir-se bem com isso, aproveitar a ocasião, o toque e sentir prazer com o facto de ver o parceiro satisfeito. Cabe à esfera masculina a alternativa de se libertar da pressão de levar as mulheres ao orgasmo sucessivamente. Ou seja, os homens precisam de se libertar, a eles próprios e as mulheres, dessa pressão: ela não precisa improvisar uma cena e os dois podem aproveitar melhor. Há mais no sexo do que o orgasmo.
Tratamento da Anorgasmia
Mais vale prevenir do que remediar…
Talvez seja válido acrescentar que as mulheres sentem muito desconforto, e até um certo medo, quando optam por procurar um profissional especializado. Geralmente não se fala de relações sexuais de forma aberta em qualquer ambiente, e muito menos em consultórios. É tarefa do terapeuta deixar a mulher à vontade, sabendo da necessidade de respeitar os limites.
Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem…
Viver não custa… O que custa é saber viver…
A terapia individual tem como objectivo criar condições para ampliar o autoconhecimento e possibilitar o prazer consigo, a partir de uma aprendizagem sobre como é construído o sintoma. É na terapia, portanto, que se revêem falsos conceitos e se fornece orientação, possibilitando novas perspectivas, admitindo-se a sua associação a exercícios e, muito raramente, ao uso de medicação.
O trabalho deverá envolver, segundo Junior (1995), desde problemas fáceis de serem tratados até aqueles que recomendam formação mais específica. Os que podem ser considerados como mais fáceis, falam da necessidade de reestruturação cognitiva e apropriada orientação sobre as realidades da sexualidade. Essa fase diz respeito às situações situacionais, além de problemas decorrentes da aprendizagem – percepções erradas sobre a sexualidade. Uma segunda classe de problemas sugere informação adequada de outros elementos especializados, abrange aqueles que têm procedência no relacionamento conjugal ou que sempre existiram na vida pessoal. Muitas vezes, implica na terapia de casal, avaliando o desenvolvimento do problema sexual.
Ninguém está bem com a sorte que tem…
Muito frequentemente, durante o tratamento, a mulher passa a ter maior curiosidade sobre o próprio corpo. É importante que ela se conheça, saiba do que gosta e o que não lhe agrada e essencialmente, pedir ao parceiro que a excite. É importante que o parceiro se comprometa com o crescimento sexual da mulher. Porém, como referido por Heiman e LoPiccolo (1992), o apoio dele pode ajudar, mas não é fundamental para que ela progrida.
Como afirmam Heiman e LoPiccolo (1992), o desenvolvimento sexual não se sintetiza numa cadeia de passos ou técnicas que apontam para uma finalidade. É um procedimento que abrange o sujeito no seu todo, com os seus costumes, pensamentos e emoções, e com o seu corpo. Atingir o orgasmo é elemento de um processo de crescimento que dura a vida toda.
O prometido é devido!
Temos de falar sobre sexo aos nossos filhos?
A questão da sexualidade mudou tão rapidamente, nas últimas décadas, que deixou os pais “perdidos”. Antigamente as famílias não colocavam muitas dúvidas sobre o que era o correcto ou incorrecto na sexualidade; o que podiam permitir ou não. Hoje vivemos um momento difícil para a construção de um sistema de valores sexuais.
Por isso, considero importante alertar os pais que, existem alguns valores que não podem deixar de ser transmitidos aos jovens, tais como: O respeito por si próprio e pela sua dignidade enquanto pessoa; O respeito pelo outro. Não é permitido ver o outro como meio de satisfação das suas necessidades; O acesso à informação. Responder ao que a criança quer saber de forma honesta e não preconceituosa; e, Ajudar a criança a desenvolver o espírito de crítica, a capacidade de raciocínio e a reflexão para escolher o que lhe convém.
Para lidar com a sexualidade dos seus filhos, é necessário defrontar-se com a sua própria sexualidade e esta situação pode gerar, muitas vezes, angústia. A sexualidade dos filhos traz para o presente, para muitos pais, aspectos reprimidos da própria sexualidade. É preciso encarar esta realidade, desbravar medos e aceitar que todos nós somos seres sexuais e todo o conhecimento que nos é fornecido no início do desabrochar da sexualidade é importantíssimo para o nosso amadurecimento futuro, quer na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis quer em natalidades não desejadas.
Vera Ribeiro