Cannabis associada a incidência de cancro do testículo

Um estudo realizado pelo Instituto do Cancro do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, aponta que 25% dos pacientes com cancro do testículo atendidos no sector de urologia da unidade assumem o consumo regular de maconha.

Foto de: ISTOCKFOTO
O uso da droga está associado ao surgimento do cancro da testículo, provocando diversos efeitos adversos sobre os sistemas endocrinológico e reprodutivo.

Mensalmente, 500 pacientes são atendidos na clínica de uro-oncologia do Icesp. Destes, 30% apresentam tumores localizados no testículo, dos quais 70% têm sinais de doença avançada (fora do testículo) no momento do diagnóstico.

As cirurgias para retirada total ou parcial dos testículos e da próstata representam um terço das 10 mil cirurgias já realizadas pelo hospital.

«Evitar o uso da droga é fundamental para diminuir consideravelmente as probabilidades de desenvolvimento do tumor. Além disso, é fundamental que os homens realizem o auto-exame para o diagnóstico precoce da doença», alerta Daniel Abe, urologista do Icesp.

O cancro do testículo é altamente curável, principalmente quando detectado precocemente. A doença acomete predominantemente homens que têm entre 15 e 34 anos de idade. O diagnóstico precoce pode ser feito através do auto-exame do órgão. Percebendo qualquer anormalidade, como nódulo indolor ou massa, sensação de peso no escroto ou dor na região inferior abdominal, deve-se procurar ajuda médica.

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