Facebook: A Próxima Arma na Luta contra as DST

 Salon (04.01.12)::Tracy Clark-Flory  
          
Investigadores de topo estão a estudar as formas de envolver o Facebook e outras redes sociais na prevenção de DST (doenças sexualmente transmissíveis).

Numa conferência recente, Peter Leone do Centro para Doenças Infecciosas da Universidade da Carolina do Norte discutia a forma como o círculo de amigos e parceiros sexuais pode ser um forte indicador de risco de DST. Citou o exemplo de um surto de sífilis na Carolina do Norte: "Quando examinámos as redes sociais conseguimos ligar muitos dos casos a encontros sexuais e quando perguntámos com quem se relacionavam estes indivíduos ou quem conheciam, conseguimos interligar 80 por cento dos casos."

 "As pessoas pensam que se tem de estar directamente conectado a alguém enquanto eu vejo as coisas a nível da população", afirma Leone. "Não é diferente de alguém que vai a um piquenique e apanha uma intoxicação alimentar. Preocupamo-nos com todos os que estiveram nesse piquenique."

De acordo com Sean Young, investigador no Departamento de Doenças Infecciosas da Universidade da Califórnia (UC) - Los Angeles, as redes sociais são, actualmente, um meio muito útil como portal de informação e fonte de discussão sobre risco e detecção. Esta normalização e destigmatização é exactamente o que pretende a campanha "Get yourself Tested" que apela aos mais jovens para que realizem o teste e utilizem a rede Foursquare no centro médico onde são acompanhados.

"Existem provas que (em termos de comportamento sexual) somos influenciados pelo que os nossos amigos fazem", afirma James Fowler, professor de genética médica na UC-San Diego e autor de " Connected: The Surprising Power of Our Social Networks and How They Shape Our Lives." Mas é preciso "contacto real e próximo para que as pessoas alterem o seu comportamento."
17 Abril 2012
Tradução / Edição: Catarina Pinheiro
 
 

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